A desigualdade sexual nas relações interraciais
"Hoje o maior opressor da mulher negra é o homem negro”, a polêmica frase acima, foi intimamente desabafada por uma preta militante, numa conversa informal. Existe um aspecto implícito nela que estávamos plenamente de acordo, que apesar de poder ser “o seu maior opressor, hoje”, o homem negro ainda não é necessariamente o nosso inimigo. Para meio de comparação, podemos dizer que o homem negro, afirmando sua condição de homem, dentro de uma sociedade patriarcal é o supervisor de um setor de linha de produção. Ele não é o dono da empresa e, desta maneira, não pode ser considerado nosso inimigo, porém, junto às mulheres negras, o seu papel é de manter sob controle as ações de libertação das mulheres. Independente de entender que sua condição de negro o aproxima mais da condição oprimida. Assim, em troca de privilégios míseros, como nas relações raciais e econômicas, toda relação de gênero encontra-se desequilibrada dentro desta sociedade machista e, não é diferente dentro das relações entre mulheres e homens negros. Por mais que os homens negros neguem em admitir.
É graças a este desequilíbrio, somado aos comportamentos que denominamos de “Complexo do Édipo Negro”, que tal afirmação ganha sentido. Para começarmos nossas colocações usaremos partes do texto “A alegoria dos Eunucos Negros”, extraído do livro Soul on Ice, do líder Eldridge Cleaver. As colocações podem ser consideradas chocantes, mas apresentam uma sinceridade masculina absurda, como poucas vezes um homem foi capaz de intelectualmente produzir em texto publicado. Tanto que seu livro é leitura obrigatória para qualquer feminista negra e tornou-se um marco mundial sobre como se processa a masculinidade dos homens negros. Os trechos selecionados (alterados na ordem para facilitar a compreensão, sem alterarem o sentido) reproduzem um possível diálogo entre jovens militantes negros e um senhor idoso dentro da prisão onde Cleaver foi encarcerado.
Nele simbologicamente estão as concepções de história oral, auto-afirmação masculina e geracional e as seqüelas psicossexuais surgidas a partir da opressão racial, todas remontadas através dos signos míticos presentes na “A alegoria da caverna”, de Platão:
“(...)Tenho ódio das putas negras. Não se pode confiar nelas como nas mulheres brancas, e se a gente tenta, elas não dão valor e não sabem como agir.(...) Intimamente, todas gostam do homem branco; algumas lhe dirão isso na cara, outras através de ações e palavras. (...) conheço uma puta negra que sempre diz que não existe nada que um homem negro possa fazer por ela, exceto deixá-la a sós (...). Algumas vezes, penso que o meu sentimento pelas mulheres brancas deve ter sido herdado de meu pai, e do pai do meu pai, e do pai... o mais distante que possamos retroceder na escravidão. Devo ter herdado de todos esses homens negros parte do meu desejo pela mulher branca... É verdade, desejo todas as mulheres brancas que eles desejaram, mas que nunca foram capazes de conseguir. Eles foram passando este desejo para mim (...); é como um tumor corroendo meu coração e devorando meu cérebro(...). A guerra que está sendo travada entre o homem negro e o homem branco – prosseguiu – não é a única. (...) Vocês nunca perceberam por que o homem branco normalmente aplaude o negro que se destaca com o corpo no terreno do esporte, enquanto odeia ver um homem negro se destacar com o cérebro? O Administrador Onipotente (homem branco) concedeu ao Criado Supermasculino (homem negro) todos os atributos da masculinidade associados com o Corpo: vigor, força bruta, músculos, e até mesmo a beleza do corpo bruto. Exceto um. Havia um único atributo da masculinidade ao qual ele não desejava renunciar, embora este predicado particular fosse a essência e a sede da masculinidade: o sexo. O pênis. O pênis do homem negro era a chave-inglesa perdida nas engrenagens da máquina perfeita do homem branco... (eis) o porquê do homem branco não querer que o homem negro, a mulher negra ou a mulher branca, tenham uma educação mais aprimorada. A ilustração destes seria uma ameaça à sua onipotência. (...) O homem branco transformou a mulher branca num delicado objeto de cabeça oca e corpo frágil, uma jarra do sexo, e colocou-a sobre um pedestal; (...) Vejam eu, por exemplo. Amo as mulheres brancas e odeio as negras. Está dentro de mim, tão profundo que já não tento mais arrancar. Eu pularia em cima de dez putas crioulas apenas para conseguir uma mulher branca. (...) uma puta negra me parece feita de aço, dura e resistente como pedra, sem a suavidade e docilidade da mulher branca. (...) A mulher branca é mais do que uma mulher para mim... É como uma deusa, um símbolo... Eu a adoro. E adoro as calcinhas sujas de uma branca.”
AS RELAÇÕES DOMÉSTICAS DA OPRESSÃO
Posto isso, partiremos da explicação da Firestone, adaptada para a realidade brasileira, em busca das explicações de como se processam as opressões de gênero entre mulheres e homens negros, em especial, dentro dos movimentos sociais de esquerda. O que chamamos de sexismo racial.
Na construção psicossocial das relações domésticas, nascidas a partir da escravidão negra, o homem branco representaria o pai desta sociedade machista/racista, a mulher branca representaria a mãe-esposa, o homem negro o filho bastardo e a mulher negra é a filha adotada para trabalhar dentro do lar. Dentro deste teatro psicossexual, o homem negro e a mulher branca se identificam por terem o mesmo opressor e uma relação de poder analogamente equilibrada. Ela é branca, mas é mulher. Ele é negro, porém homem.
Como no Complexo de Édipo, o filho se identifica com a mãe e tem aversão ao poder do pai. A mãe tem maior proximidade com o filho, pois sua condição frente ao pai, a faz direcionar seus desejos reprimidos para aquele que também é oprimido como ela. A tensão sexual entre os dois é de alta voltagem. Relegado a condição braçal de mão de obra, o filho bastardo é o fetiche animal desta pseudocivilização racional.
A mulher branca, dada a sua condição de idolatria santificada, é o troféu cobiçado do senhor de engenho, inacessível ao homem negro, e por este motivo, o maior símbolo objetivo de seu desejo de conquista. Se o filho bastardo é o corpo (pênis), a mulher branca representa-lhe “a alma que lhe foi negada”. Ambos são úteis objetos para o poder e o sentimento de superioridade do homem branco, e sabem que seus papéis sociais refletem o olhar do outro, do pai sobre eles. Ambos intimamente se vêem refletidos no mesmo espelho. Mas neste teatro existem outros papéis coadjuvantes, a mulher negra e o jovem homem branco (filho legitimo) militante de esquerda.
Servido de contrapartida para a mulher branca, que geralmente representa “a fria santidade” no sexismo de classe, a mulher negra (“filha adotada”) é para o senhor de engenho a expressão máxima da sexualidade animal. Introduzida na casa grande para os árduos trabalhos domésticos, a mulher negra era o grande temor da mulher branca.
No imaginário do homem branco, a mulher negra era o exemplo da agressividade sexual. Ela representaria aquela por quem nenhum sentimento cristão de similaridade pode ser anunciado. Cabe-lhe o papel da satisfação presente na conquista, no desbravamento, no desconhecido indomável que a muito a mulher branca, por sua condição de tutela não representa. A mulher negra é a representação do corpo trabalhado e forte, capaz de agüentar por demasiadas horas o “incontrolável poder sexual masculino” que o homem branco perdeu com sua sedentariedade.
“... naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara das matas brasileiras...” (O cortiço, A. de AZEVEDO).
Graças à ótica do Pai do Engenho, o homem negro enxergou na mulher negra a representação e a confirmação de sua pretensa “inferioridade masculina”, já que o mito da fragilidade estava na feminilidade da mulher branca, a força oposta representaria a mulher negra e seu papel de símbolo sexual. Desta maneira, assim como para mulher branca que temia a perda de seus privilégios, a mulher negra tornou-se um obstáculo para a auto-afirmação da masculinidade do homem negro frente ao dono do poder. Eis que o Édipo Negro foi induzido – por ser homem – a vencer a “esfinge”.
Leiam os trechos a seguir e as comparem suas colocações e subjetividades. O primeiro foi extraído de um blog – bem explicativo, por sinal – sobre os Black Panthers e o segundo é uma afirmação da ativista Ângela Davis, na página 161 de sua autobiografia, sobre como os homens negros percebem a luta contra o racismo dentro do movimento negro:
1º- “Black Power simboliza uma nova fase da consciência revolucionária do anseio e aspiração do HOMEM NEGRO. A real liberdade só virá quando a África estiver politicamente unida. É só então que o HOMEM NEGRO será livre para respirar o ar da liberdade, (...), em qualquer parte do mundo. É um convite à apresentação de negros neste país para se unir, para reconhecer sua herança, a fim de construir um sentimento de comunidade.É um convite à apresentação de negros para definir os seus próprios objectivos, a conduzir as suas próprias organizações.” (Kwame Ture - Stokely Carmichael)
2º- “...(existe) uma síndrome infeliz entre alguns ativistas masculinos Pretos – que confundem sua atividade política com uma afirmação da sua masculinidade. ...Eles viram - e alguns continuam vendo – a masculinidade Preta como algo que se separa do estado de mulher Preta. Esses homens examinam mulheres Pretas como ameaça à sua obtenção da masculinidade – especialmente aquelas mulheres Pretas que tomam a iniciativa e o trabalham para serem líderes no seu próprio direito.” - Ângela Davis
Na busca pela imposição de sua masculinidade frente ao homem branco, através da mulher negra, a tática utilizada pelo Édipo Negro veio no manual do patriarcado básico: a cristandade.
O arsenal cristão branco criou os arquétipos da santa e da puta para coisificarem as mulheres brancas, e estas foram as estratégias básicas que os homens negros tentaram e foram induzidos a utilizar, para relegarem as mulheres negras a um “papel feminino” não ameaçador:
“Seu carro e sua grana já não me seduz,
E nem a sua puta de olhos azuis!
Eu sou apenas um rapaz latino americano
apoiado por mais de 50 mil manos!
Efeito colateral que seu sistema fez,
Racionais, capítulo 4 versículo 3!” - (Letra: Mano Brown/Edy Rock)
E nem a sua puta de olhos azuis!
Eu sou apenas um rapaz latino americano
apoiado por mais de 50 mil manos!
Efeito colateral que seu sistema fez,
Racionais, capítulo 4 versículo 3!” - (Letra: Mano Brown/Edy Rock)
Seja por intenção masculina ou por indução do pai racista, não é por mero acaso que os rappers famosos, vestem a armadura de cafetões (ou “gangstars”)da mídia. E também não seria por acaso que dentro de um debate, os homens negros dos movimentos sociais discursam os elogios da idolatria (Grande-Mãe-Irmã-Guerreira-Rainha-Adorada) para cavalheristicamente desviarem o foco dos debates sobre machismo.
Do arquétipo da idolatria, os homens negros só excluíram a virgindade como pressuposto básico da admiração, pois no reflexo vivo do olhar do homem branco, é inconcebível imaginar uma negra como “Virgem” Maria. Mas é na pele, na condição de caça, que faz os irmãos ancestrais se identificarem, e por isso, as mulheres se submetem.
Coube ao filho bastardo, lutar contra parte de seu temor/amor, transferindo e transformando para a filha adotiva, os desejos de poder que lhes foram negados. Só com um exemplo feminino analogamente equivalente “a afetividade maternal branca” que sua “alma masculina” se acalentaria diante de seu opressor e de sua companheira de luta. Disse o Édipo Negro: “terei o meu reino, o meu troféu e o meu altar, antes de conquistar o seu”.
A SITUAÇÃO ATUAL
Como disse Clovis Moura, em Dialética Radical do Brasil Negro:
“Valorizando os padrões de estética negros, especialmente a beleza da mulher negra, há um movimento no sentido de exaltar-se as formas africanas, detalhar a moda africana e produzir uma moda semelhante no Brasil. (...) (Contudo) Queremos destacar que essa manipulação de uma ideologia da negritude da classe média urbana, segundo já falamos, não tem ligação estrutural, orgânica, histórica ou existencial...”
Eis um ponto chave da questão, a luta para a construção e revalorização das relações entre a comunidade negra, foram necessárias para o fortalecimento do movimento, mas fora do contexto histórico na qual foram baseadas (o Matriarcado de origem africana), em nada estas relações tem produzido um ambiente livre de opressão para as mulheres, além de produzir muito lucro para as megacorporações do capital, reafirmando seu poder ideológico.
Como todo projeto masculino, seu direcionamento tem reafirmado o papel feminino de cuidadoras. Aqui as filhas da Mãe-África foram erguidas ao altar de parideiras e educadoras de futuros revolucionários, enquanto seus companheiros têm subido nos palcos da luta, as deixando em casa ou no publico de mãos dadas com seus filhos. Pior, a imposição estética que veio para valorizar as características fenotípicas destas mulheres, lhes exige “a beleza e o cuidado” que a muito reafirma o papel de troféu a ser exposto para os demais colegas de menor masculinidade.
Nesta condição, a mulher negra é a extensão do “sucesso revolucionário” de seus companheiros, ou seja, é a confirmação pública de sua vitória pessoal como homem, a ser observada pelos outros desafortunados que não tiveram a mesma competência viril.
A ESSÊNCIA DO MITO DO ETERNO FEMININO
Os arquétipos característicos do “eterno feminino” atribuídos as mulheres (brancas) que foram capazes de justificar a dominação patriarcal “dos machos” sobre “as fêmeas”, foram projetados nas mulheres negras.
Com seu projeto de “humanidade e propriedades territoriais”, utilizando-se da própria estrutura construída pela ação afirmativa das mulheres negras, os homens do movimento encontraram no controle da mulher guerreira a comprovação de seu poder masculino, deslegitimando as observações de inferioridade que o homem branco o impunha.
Presas a essência simbólica do “eterno feminino” (Natureza, Terra, Divindade e Mãe), as mulheres brancas estiveram relegadas a um segundo plano social. E o papel das mulheres negras foi sendo dimensionado, dentro dos movimentos sociais, neste mesmo lugar.
Quantos homens negros que participam de algum movimento de esquerda realmente dominam e acreditam que o fim do machismo é a prioridade de sua luta? Quantos homens destes já afirmaram a famosa frase: “as questões de gênero eu deixo pra vocês estudarem?” Quantos homens negros já se preocuparam em fazer uma pesquisa dentro do movimento para saber se as mulheres negras consideram seus companheiros machistas? Se não estamos conscientes das mazelas que reproduzimos, como poderemos lutar contra ela?
Para os homens em geral, o papel das mulheres nesta sociedade é apenas o da maternidade, ou seja, uma “reprodutora passiva” das descendências genéticas do macho. Condicionar as mulheres negras a um estereótipo essencialista serviu para legitimar a realização e o reconhecimento social feminino com os valores da maternidade.
A idéia de “mãe” despertou no Édipo Negro o desejo da aceitação que ele direcionava a dona do engenho. Pois possibilitou vincular a mulher negra a uma imagem menos viril. Uma essência simbólica existencial capaz de explicar as diferenças de gêneros, dentro dos movimentos. É através da capacidade materna que a mulher negra atinge o auge de sua “força física”. Conceito essencial do “eterno feminino” que sempre esteve preso ao dogmatismo religioso e biológico das sociedades patriarcais. Sua conseqüência psicossocial é traduzida por nós nesta afirmação:
“Essa imagem registra a presença feminina negra como significado pelo corpo, neste caso a construção de mulher como mãe, “peito”, amamentando e sustentando a vida de outros. Significativamente, a proverbial “mãe preta” cuida de todas as necessidades dos demais...” -(HOOKS, Bell. Intelectuais Negras. Revista Estudos Feministas)
A idéia de identidade materna encontra-se impregnada por um significado de “inferioridade física” e pelo papel social de cuidadora – onde, existe uma ideologia machista de que as mulheres, por serem mulheres, possuem uma “dificuldade” de exercer trabalhos mentais/braçais para além dos atributos de sua fêmea biologia.
O perigo de tal identificação está em limitar a atuação da mulher ao ambiente privado/doméstico, como vem cotidianamente acontecendo com as companheiras e militantes negras que se relacionam com os amigos de luta, e tornam-se esposas e mães de seus filhos, tendo que deixar de lado a participação ativa na causa.
A coisificação da mulher negra na imagem materna, com os valores característicos de bem/propriedade privada (dos meios de produção) e a função social de hereditariedade nas sociedades capitalistas foi explicitada por Ângela Davis, em Reflections on the Black Woman's Role in the Community of Slaves, de 1971, assim:
“A dialética da opressão tornar-se-á mais complexa. (pois) É verdadeiro que (a mulher) era uma vítima do mito e que somente a mulher, com sua capacidade “diminuída para o trabalho mental”, deve fazer o trabalho degradante da casa.”
A LUTA
O sentimento de posse do homem negro é a negação da ideia da puta imposta pelo homem branco. Mas ao mesmo tempo é o outro lado da moeda nas mesmas mãos. Sempre que uma ativista negra não se submete aos desmandos de um companheiro “irmão”, escutamos as mesmas palavras que a muito os homens – independente de qualquer outra característica – dizem. E nem precisamos estar na rodinha deles ou com o ouvido aberto para as ondas do rádio para sabermos qual é o xingamento mais comum. Se nós mulheres negras não somos as mães destes homens, só temos na visão deles o outro papel.
Se a mulher negra não se apresenta como ameaça eminente para o homem branco (por ser negra e mulher), a conclusão que nós chegamos foi a de que, postas diante das opressões sociais, a mulher negra é sem dúvida a mais oprimida. E seu maior problema é o fato de que diferente da mulher branca que é capaz de rivalizar as opressões com os homens negros, a filha adotiva do engenho encontra-se completamente solitária nesta luta. Cabem as mulheres, em geral, e as feministas, em particular, compreenderem que o grande trunfo e salto qualitativo da causa contra o machismo no Brasil, é o que até o momento não aconteceu: a união das lutas entre mulheres negras e mulheres brancas. E quem sabe assim, os homens negros entendam que suas disputas masculinas nunca irão atingir seu objetivo enquanto não tiverem como verdadeiras e iguais aliadas as mulheres (negras). Até porque como disse a Firestone:
“na verdade todas as minorias oprimidas juntas, sem supor nenhuma luta faccionária corpo a corpo, não constituiria uma maioria – a não ser que as mulheres fossem incluídas (por exemplo, nos Estados Unidos apenas 15% da população é formada por negros). O fato de as mulheres viverem com homens, nalguns níveis nossa pior desvantagem – pois o isolamento das mulheres umas das outras foi responsável pela ausência ou pela fraqueza dos movimentos de libertação das mulheres no passado – é, num outro sentido, uma vantagem: (imagine) uma revolucionaria em cada quarto de dormir (...). E se quem está se revoltando é a sua mulher, você não pode escapar para os subúrbios. O feminismo, quando ele realmente atingir seus objetivos, fará estourar as estruturas mais básicas de nossa sociedade”
(...) Enquanto nós mulheres brigarmos, o verdadeiro réu fugirá impune. MAS até quando?
Texto: Patrick Monteiro
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