Pequena relação de filmes que ajudam a ilustrar um pouco da relação de preconceito e racismo existentes na sociedade estadounidense.
O Nascimento de uma Nação (original: The Birth of a Nation) é um dos filmes mais populares da era do cinema mudo. É bastante importante devido a suas inovações técnicas. Porém, ele glorifica a escravatura e justifica a segregação racial, em linha com o movimento intelectual denominado Lost Cause. Ao mostrar um grupo de brancos linchando um negro que praticara um crime, de maneira aprovativa, o filme afirma e promove o contexto cultural para o aparecimento da Ku Klux Klan, que liderou grupos de brancos vestindo lençóis brancos ao linchamento dos afro-americanos.
Muito controverso, o filme dirigido por D. W. Griffith foi baseado nas novelas de Thomas Dixon The Clansman e The Leopard's Spots. Ele foi lançado em 1915 e é creditado por garantir o futuro dos longa-metragens e solidificar os símbolos da linguagem cinematográfica. O filme estreou em 8 de fevereiro de 1915 em Los Angeles, Califórnia, com o título de The Clansman, mas foi retitulado em sua estréia em Nova Iorque três meses mais tarde.
O título original do filme, The Clansman foi mudado para O nascimento de uma nação para refletir na teoria de que antes da Guerra Civil Americana, os Estados Unidos da América era uma grande coalizão de estados antagonistas entre si, e que a conquista dos estados do norte no sul finalmente enlaçou todos os estados sob a autoridade nacional.
A controvérsia que o filme causou gira em torno da premissa de que a primeira Ku Klux Klan restauraria a ordem no sul pós-guerra, que estaria "ameaçado" por afro-americanos "incontroláveis" e seus aliados: abolicionistas, mulatos e republicanos do norte. O filme denuncia um suposto revanchismo dos negros libertos, após a guerra civil, que se aliam aos nortistas, os ianques, e se tornam hostis aos brancos sulistas, levando os brancos a reagirem contra este revanchismo criando a KKK. Outros filmes pró-sulistas como filme The Undefeated e E o Vento Levou também mostram negros associados a nortistas explorando os endividados fazendeiros do sul.
O filme e o diretor Griffith foram muito elogiados pelo cineasta russo Sergei Eisenstein no livro "A Forma do Filme", no capítulo "Dickens, Griffith e nós", no qual compara a técnica de Griffith a técnica do escritor Charles Dickens.
Apesar de lucrativo, e também popular entre os críticos e público brancos, o filme gerou protestos significantes em seu lançamento por afro-americanos. Estréias do filme eram acompanhadas de prostestos da recém-fundada NAACP. Griffith disse que ficou surpreso com as duras críticas. O nascimento de uma nação é associado ao segundo surgimento da Ku Klux Klan, que renasceu no ano de lançamento do filme, após um período de decadência.
Até o lançamento de The Big Parade em 1925, O nascimento de uma nação foi o filme mais lucrativo de todos os tempos, conseguindo mais de 10 milhões de dólares americanos nas bilheterias do mundo todo (o que seria mais de 216 milhões de dólares dos dias atuais, segundo o Inflation Calculator do US Bureau of labor Statistics). Este filme ainda é estudado por historiadores de cinema e cultura, e em 1992 a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos renomeou-o "culturalmente significante" e selecionou-o para preservação no Registro Nacional dos Filmes.
Atualmente apenas a institituição Filmsite.org mantém o filme como um dos 100 maiores filmes feitos nos Eua. Fonte: Wikipedia.org
Mississipi em Chamas: "Mississipi em Chamas" nos conta uma história verdadeira em que dois agentes do FBI, interpretados por Gene Hackman e Willem Dafoe, são enviados ao estado norte-americano do Mississipi para investigar o desaparecimento de três jovens engajados na luta pelos Direitos Civis (dois brancos e um negro).
São encarados com hostilidade pela comunidade local, inclusive pelas autoridades políticas e policiais, envolvidas nos desmandos que preservam e estimulam o preconceito. A comunidade negra local, por seu lado, acuada diante da possibilidade de sofrerem novas perseguições e de ocorrerem novas mortes depois do final das investigações, prefere ficar em silêncio, pouco se pronunciando sobre os desaparecimentos, mesmo quando sabe algo a respeito.
Ameaçados pela Ku Klux Klan, os agentes são obrigados a pedir reforços para poder continuar buscando depoimentos que possam levar-lhes aos jovens desaparecidos. Buscam e encontram pessoas corajosas e determinadas que podem ajudar a juntar todas as peças que levem a solução desse intrigante mistério. Fonte: Planeta Educação
A outra história americana: Edward Norton (em atuação irrepreensível, foi indicado ao Oscar) interpreta Derek Vinyard, jovem de família abalada pela perda precoce do pai, um bombeiro, que ao tentar apagar um incêndio num bairro negro acabou sendo baleado por marginais. Dono de uma grande capacidade de convencimento das outras pessoas e de inteligência privilegiada, Derek é aliciado por Cameron (Stacy Keach) um notório neo-nazista investigado pela polícia local e pelo FBI, mas nunca incriminado.
Incitado em seu ódio aos negros e as minorias pela tragédia que abateu seu pai, Derek se torna uma referência para os jovens brancos e fracassados de seu bairro, que acompanham o crescimento de outros grupos étnicos em sua vizinhança (especialmente a comunidade negra, mas também os coreanos e os judeus). Passa então a comandar ações de depredação e espancamentos contra todos aqueles que, de acordo com o pensamento do grupo ao qual pertence, causam constrangimentos como o desemprego e o empobrecimento local, ou sejam as minorias.
Em virtude de suas atitudes rascistas e de sua postura intolerante Derek acaba cometendo um assassinato brutal e é condenado a passar alguns anos na cadeia. Influenciado por tudo o que viu, o irmão mais novo de Derek, Danny Vinyard (vivido por Edward Furlong, muito convincente) acaba seguindo os passos do irmão e buscando apoio em Cameron. Será a repetição de tudo aquilo que viveu o primogênito? De que forma a cadeia poderá influenciar os posicionamentos de Derek?
Confiram! Imperdível! Realmente chocante! Fonte: Planeta Educação
Tempo de matar: Uma garota negra de apenas 9 anos de idade é estuprada por dois racistas brancos completamente bêbados. Em um ato desesperado deódio e vingança, seu pai mata os homens a tiros. Agora. Carl Lee Hailey (Samuel L. Jackson) irá a julgamento pelo assassinato de doiscidadãos brancos. É assim que a lei pretende tratar o caso. Para defendê-lo, Hailey conta com o corajoso Jake brigance (Matthew Mc Conaughey) e a idealista Ellen Roark (Sandra Bullock), dois jovensadvogados em busca da verdade. E poucos dias, o julgamento transforma-se em uma verdadeira batalha racial, onde a vida de todasas pessoas envolvidas com o caso está correndo perigo. O destino de um homem injustiçado está nas mãos de Jake e o tempo está se esgotando. A violenta batalha pode explodir a qualquer momento.
No calor da noite: Quando um rico empresário que planejava construir uma fábrica na cidade de Sparta, no estado do Mississipi, é encontrado assassinado em uma rua escura, o chefe de polícia Bill Gillespie pede a seus homens que procurem nas cercanias. O guarda Sam encontra o negro Virgil Tibbs na estação, esperando o trem das três da manhã para Memphis e suspeita dele. Ao revistá-lo e ver a carteira de Tibbs com muito dinheiro, Sam resolve levá-lo para a chefatura.
Gillespie descobre que Tibbs é um detetive perito em homicídios da Filadélfia e pede a ele, então, que o ajude a investigar o caso. Tibbs reluta, mas acaba aceitando. Ao amanhecer a polícia prende um fugitivo com a carteira roubada do empresário. Gillespie dá o caso por encerrado, mas Tibbs tem evidências de que o suspeito é inocente.
A viúva do empresário percebe que apenas Tibbs poderá esclarecer o caso e força Gillespie a continuar, ameaçando desistir da fábrica planejada pelo marido. Gillespie e Tibbs levam adiante as investigações, cada vez mais complicadas, pois a população racista da cidade não quer colaborar com o detetive negro, e o ameaça.
O sol é para todos: Tudo começa na pequena cidade sulista de Maycomb na época da depressão. Atticus (Gregory Peck) é um advogado simples que vive com seus dois filhos e sua empregada sem nenhum luxo, porém com muita dignidade. Os filhos de Atticus são obedientes, responsáveis e, principalmente, educados. Mesmo ainda pequenos, já aprenderam com o pai os princípios da justiça, do respeito e da igualdade. Aliás, as duas crianças promovem cenas de pura sensibilidade, além de grande valor e significação para uma melhor convivência. A relação entre pai e filhos é harmoniosa, terna, e ainda mais solidificada, já que Atticus é pai e mãe ao mesmo tempo.
Quando aceita defender o negro Tom Robinson (Brock Peters), acusado de estupro a uma moça branca, Atticus passa a sofrer o ódio e o racismo de alguns habitantes da cidadezinha, inconformados com a defesa do advogado. Ao mesmo tempo que leva o caso adiante, tenta proteger os filhos dos mesmos sentimentos de que é vítima sem nunca instigar ou promover a violência. No dia do julgamento, Atticus prova a inocência do réu, evidenciando a hipocrisia e o cinismo de tal acusação de caráter preconceituoso, uma vez que jamais ele deveria ter sido levado a julgamento, visto a falta de provas evidenciais. Ainda assim, o veredicto não envereda pelos caminhos da justiça e o desfecho da história é surpreendente.
Quando aceita defender o negro Tom Robinson (Brock Peters), acusado de estupro a uma moça branca, Atticus passa a sofrer o ódio e o racismo de alguns habitantes da cidadezinha, inconformados com a defesa do advogado. Ao mesmo tempo que leva o caso adiante, tenta proteger os filhos dos mesmos sentimentos de que é vítima sem nunca instigar ou promover a violência. No dia do julgamento, Atticus prova a inocência do réu, evidenciando a hipocrisia e o cinismo de tal acusação de caráter preconceituoso, uma vez que jamais ele deveria ter sido levado a julgamento, visto a falta de provas evidenciais. Ainda assim, o veredicto não envereda pelos caminhos da justiça e o desfecho da história é surpreendente.
Malcolm X: Biografia do famoso líder afro-americano (Denzel Washington) que teve o pai, um pastor, assassinado pela Klu Klux Klan e sua mãe internada por insanidade. Ele foi um malandro de rua e enquanto esteve preso descobriu o islamismo. Malcolm faz sua conversão religiosa como um discípulo messiânico de Elijah Mohammed (Al Freeman Jr.). Ele se torna um fervoroso orador do movimento e se casa com Betty Shabazz (Angela Bassett). Malcolm X ora uma doutrina de ódio contra o homem branco até que, anos mais tarde, quando fez uma peregrinação à Meca abranda suas convicções. Foi nesta época que se converteu ao original islamismo e se tornou um "Sunni Muslim", mudando o nome para El-Hajj Malik Al-Shabazz, mas o esforço de quebrar o rígido dogma da Nação Islã teve trágicos resultados.
As barreiras do amor: Lurene Hallette (Michelle Pfeiffer) é uma dona de casa de Dallas que direciona grande parte do seu tempo para saber o que a família Kennedy faz. Ela fica arrasada quando descobre que o presidente foi assassinado poucas horas depois de chegar na cidade onde ele estava. Apesar da proibição do seu marido, ela decide ir ao funeral e, na viagem de ônibus, ela conhece uma garotinha negra (Stephanie McFadden) que viaja com Paul Cater (Dennis Haysbert), o pai. Em dado momento ela acredita que se trata de um seqüestro e avisa o FBI. Quando entende que cometeu um grande erro, a polícia já está pronta para prender o "criminoso". Assim, decide acompanhar pai e filha para ajudá-los no que for possível para escapar do cerco que está se fazendo para capturá-los.
Um grito de liberdade: A história de uma amizade memorável entre dois homens inesquecíveis. A tensão e o terror da atualidade da África do Sul é poderosamente retratada neste emocionante filme realizado por Richard Attenborough, que nos conta a história de um ativista negro Stephen Biko (Denzel Washington) e de um editor liberal de um jornal branco que arrisca a sua própria vida para divulgar ao Mundo a mensagem de Biko. Depois de ter conhecimento dos verdadeiros horrores do Apartheid, através das descrições de Biko, o editor Donald Woods (Kevin Kline) descobre que o seu amigo foi silenciado pela polícia. Determinado a fazer ouvir a mensagem de Biko, Woods embarca numa perigosa aventura para escapar da África do Sul e divulgar ao mundo a impressionante história de coragem de Biko. A fascinante história mostra as facetas da humanidade nas suas vertentes mais terríveis e mais heróicas.
As barreiras do amor: Lurene Hallette (Michelle Pfeiffer) é uma dona de casa de Dallas que direciona grande parte do seu tempo para saber o que a família Kennedy faz. Ela fica arrasada quando descobre que o presidente foi assassinado poucas horas depois de chegar na cidade onde ele estava. Apesar da proibição do seu marido, ela decide ir ao funeral e, na viagem de ônibus, ela conhece uma garotinha negra (Stephanie McFadden) que viaja com Paul Cater (Dennis Haysbert), o pai. Em dado momento ela acredita que se trata de um seqüestro e avisa o FBI. Quando entende que cometeu um grande erro, a polícia já está pronta para prender o "criminoso". Assim, decide acompanhar pai e filha para ajudá-los no que for possível para escapar do cerco que está se fazendo para capturá-los.
Um grito de liberdade: A história de uma amizade memorável entre dois homens inesquecíveis. A tensão e o terror da atualidade da África do Sul é poderosamente retratada neste emocionante filme realizado por Richard Attenborough, que nos conta a história de um ativista negro Stephen Biko (Denzel Washington) e de um editor liberal de um jornal branco que arrisca a sua própria vida para divulgar ao Mundo a mensagem de Biko. Depois de ter conhecimento dos verdadeiros horrores do Apartheid, através das descrições de Biko, o editor Donald Woods (Kevin Kline) descobre que o seu amigo foi silenciado pela polícia. Determinado a fazer ouvir a mensagem de Biko, Woods embarca numa perigosa aventura para escapar da África do Sul e divulgar ao mundo a impressionante história de coragem de Biko. A fascinante história mostra as facetas da humanidade nas suas vertentes mais terríveis e mais heróicas.
Faça a coisa certa: Sal (Danny Aiello), um ítalo-americano, é dono de uma pizzaria em Bedford-Stuyvesant, Brooklyn, (lá também há um armazém cujos donos são coreanos). Com predominância de negros e latinos, é uma das áreas mais pobres de Nova York. Sal é um cara boa praça, que comanda a pizzaria juntamente com Vito (Richard Edson) e Pino (John Turturro), seus filhos, além de ser ajudado por Mookie (Spike Lee), um funcionário. Sal cultua decorar seu estabelecimento com fotografias de ídolos ítalo-americanos dos esportes e do cinema, o que desagrada sua freguesia. No dia mais quente do ano, Buggin' Out (Giancarlo Esposito), o ativista local, vai até lá para comer uma fatia de pizza e se desentende com Sal por não existirem negros na "Parede da Fama" dele. Sal retruca dizendo que esta parede é só para ítalo-americanos e se Buggin' Out quer ver fotos dos "irmãos" que abra sua própria pizzaria. Notando que não vê nenhum italiano para proteger Sal, Buggin passa o resto do dia tentando organizar um boicote contra a pizzaria. Este incidente trivial é o ponto de partida para um efeito dominó, que vai gerar vários problemas. Um desentendimento com Mookie o leva a enfrentar uma série de mal-entendidos, que resultam em pancadaria. A polícia chega ao local e acaba matando um dos fregueses, transformando a confusão em tragédia.
Fonte: História Pensante
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