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sábado, 16 de julho de 2011

Tambor de Crioula


TAMBOR DE CRIOULA - ENTRA NA RODA, Ô NÊGA!

O tambor de crioula é sem dúvida uma dança que nos veio no bojo da escravidão negro-africana nos fins do século XVII e não tem nenhuma conotação ritual. É um simples batuque, caracterizado, do ponto de vista coreográfico.

Um dos rituais mais populares na cultura afro-maranhense é o Tambor de Crioula, uma manifestação baseada na música e dança sensual e excitante que mistura fé e diversão. O Tambor de Crioula é, sem dúvida, uma herança que nos veio no bojo da escravidão negro-africana e não tem nenhuma conotação ritual é apenas uma homenagem em louvor a São Benedito organizada ao ar livre em qualquer época do ano para celebrar datas, momentos marcantes ou pagar promessas.

Ao tornar-se uma dança mais urbana os homens passam somente a tocar e cantar e as mulheres entram nas brincadeiras. Na época em que era praticado pelos homens, a característica do tambor de crioula era a pernada.

Hoje, os coreiros reúnem-se em um círculo, com homens tocando tambor e cantando as toadas enquanto as mulheres interegem e dançam, fazendo uma roda, em cujo centro evolui apenas uma delas. O momento alto da evolução é a "punga" ou umbigada: batem de frente com a barriga naquela que está no centro da roda, saúdam uma companheira e a convidam para dançar; punga é uma forma de convite para que outra dançarina assuma a evolução no centro da roda.

O Tambor de Crioula é ritimado por 3 tambores, sempre tocados com a mão, formando uma parelha e que recebem os nomes de grande ou roncador (faz a marcação para a punga), meião ou socador (responsável pelo ritmo) e pequeno ou crivador (faz o repicado). A matraca também é usada para cadenciar as coreiras da roda.

As músicas podem ser improvisadas ou de domínio popular, uma espécie de louvação às coisas boas da vida, ao dono da festa ou ao santo festejado. Grandes saias rodadas e estampadas, torsos na cabeça, pulseras e colares, além da blusa branca de renda, compõem o alegre vestuário do tambor de crioula.

Nos tempos da escravidão era no Maranhão o folguedo predileto dos negros.

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