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terça-feira, 10 de maio de 2011

Escola Pública Boa deve começar em casa



Jornal Folha de S.Paulo

A receita para uma boa escola pública é simples e dá resultados. Seus principais ingredientes são a participação dos pais, o interesse da família pela vida escolar do aluno, o estímulo à leitura e o hábito de fazer e corrigir o dever de casa. Junta-se a isso a vontade do diretor em colocar em prática essas lições e, como resultado, há uma melhoria no desempenho.

O efeito positivo das práticas acima vem sendo comprovado cientificamente. Pesquisa com 26 mil alunos de 200 escolas públicas de São Paulo e Santa Catarina que fazem parte do projeto Gestão para o Sucesso Escolar (voltado para diretores) mostra que os ingredientes citados melhoram o desempenho dos estudantes.

Para chegar a essa conclusão, foi feito um cruzamento da nota de alunos de 4ª e 8ª série em provas de português e matemática com respostas dadas por eles a um questionário socioeconômico.

A pesquisa mostrou que alunos da 4ª série que afirmaram que os pais tinham o costume de perguntar se eles estavam indo bem na escola tiveram média de acertos de 62% na prova de português.

Entre os estudantes que disseram que os pais quase nunca faziam essa pergunta, a média cai para 47%. O resultado foi parecido entre filhos de pais que costumam participar de reuniões da escola. Nesse grupo, a média de acertos foi de 62%. Se os pais quase nunca vão às reuniões, a porcentagem cai para 48%.

Para Rose Neubauer, diretora-presidente do Instituto Protagonistés e coordenadora da pesquisa, ela mostra que mesmo pais com pouca escolaridade podem ajudar os filhos a ter boas notas se demonstram interesse pela vida escolar da criança e participam das atividades do colégio. "Se o pai estimula o filho a não faltar e ter boas notas, faz muita diferença entre as crianças da 4ª série."

Um estudo divulgado em julho pelo Inep, do Ministério da Educação, a partir de dados do Saeb (exame que avalia a qualidade da educação), chegou a conclusão idêntica: alunos cujos pais se preocupam com o que acontece na escola e que cobram os deveres de casa têm médias maiores.

A pesquisa nas escolas de São Paulo e Santa Catarina mostra que o hábito de fazer dever de casa é uma das variáveis que mais têm impacto positivo. Se o aluno tem o hábito de fazer dever e os professores cobram dele que o faça, a média de acertos é de 63% em português na 4ª série. Se o aluno faz pouca lição de casa, a média cai para 44%; quando os professores não cobram, para 43%. Para Neubauer, pesquisas que analisam os fatores de sucesso do aluno dão um instrumento para as escolas melhorarem.

Para Francisco Poli, secretário da Udemo (sindicato dos diretores em São Paulo), os resultados da pesquisa mostram que a escola precisa trabalhar não só com o aluno mas também com os pais e trazê-los para o ambiente escolar.

Ele diz também que é importante que a escola esteja preparada e equipada para oferecer aos alunos mais carentes o que eles não têm em casa: "A escola não substitui a família, mas pode ajudar se os mais carentes tiverem aulas de inglês, informática ou passarem mais tempo nela".

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