A fotografia, apesar de representar alguma cena ou cenário, é imprecisa na constituição de seus símbolos e valores. Ao mesmo tempo ela apresenta e cria diferentes leituras, pois quem observa impregna-lhe sentidos próprios de apreciação e decodificação. Desta forma, as imagens que transitam pelo nosso cotidiano, mostram-se escorregadias quando tentamos fixar significados em sua forma e intenção. Além do caráter subjetivo de apreciação, as imagens podem ser entendidas como objetos materiais, artefatos componentes da produção cultural de uma sociedade impregnados de sua memória, atuando portanto, como monumento, constituindo-se como patrimônio no sentido atribuído ao termo por Françoise Choay (2001). A autora ao falar sobre monumento afirma que “a natureza afetiva de seu propósito é essencial: não se trata de apresentar, de dar uma informação neutra, mas de tocar, pela emoção ume memória viva” (CHOAY, 2001, p. 17).
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