Os brasileiros vivem há centenas de anos sob heranças malditas. Os avanços não foram capazes de mudar os horizontes e por enquanto continuamos na busca de um ponto de luz no fim do túnel. Após os desmandos do regime militar – herança maldita, que todos querem ver enterrada, veio à redemocratização, e com ela, outras maldições se sucederam. Da independência ou morte, restou a dependência e a esperança de dias melhores. As trocas de turnos não puseram fim aos males que se abatem sobre a sociedade.
Os co-mandantes do Brasil antes, durante o regime autoritário e depois com Sarney, Collor, Itamar, FHC e agora com Lula, não conseguiram extirpar as mazelas em 4 ou 8 anos. Hoje, o PT e o governo Lula, procuram justificar os problemas endêmicos atuais que se arrastam há anos como uma herança maldita. Os opositores, ex-vidraças, atiram pedras.
Uma das primeiras heranças malditas veio com o “fim da escravidão” no país. Não pela essência e importância do ato. A Lei Áurea é um marco histórico importantíssimo, mas o legado e os seus desdobramentos desembocaram em liberdades condicionais. Liberdade que tornou milhares de seres livres em "indigentes presos", ao lançá-los à própria sorte. Pseudos-libertos que em pleno século XXI continuam perambulando em busca de dignidade.
Homens prisioneiros da fome, da miséria, da falta de instrução, de emprego, de moradia, de segurança, de saúde e do sonho de liberdade entre tantas outras heranças malditas com as quais são obrigados a conviver. Depois de saqueados por colonizadores, que retornaram as suas origens com bornais reluzentes da terra sangrada, hoje, somos saqueados pelos que se alojaram nas Casas constituídas por leis - verdadeiros escombros, que permitem todo tipo de abominação para a felicidade de indivíduos, Reis, Rainhas e das próprias Cortes.
As heranças malditas continuam como um câncer enraizado no seio da pátria e relegam a segundo plano os mais elementares direitos constitucionais, principalmente para os mais humildes. Culpa de governos, que sem exceção, optaram por alianças com uma casta política e empresarial, gananciosa e escravocrata, parte dos resíduos coloniais, em detrimento de uma aliança com o povo. Escravocratas usurpadores de liberdades e sonhos, que se alternam no poder e tiram proveito da deformação centenária e permissiva com os que controlam a nação.
Vale ressaltar que este é um ano de eleições para os comandos estaduais e do país. Serra ou qualquer outro candidato de oposição que vier a vencer as próximas eleições estaduais ou presidencial, devem apoderar-se do bordão da herança maldita deixada pelo antecessor. Se Dilma for a escolhida para comandar o país nos próximos anos, a coisa muda. Não poderá culpar o governo do qual faz parte nem a Lula, pela herança maldita que herdará. A herança deixada por FHC estará fora de moda. Na falta de um bode espiatório, restará a ela culpar Cabral como o pivô de tantas maldições, afinal, quem descobriu o Brasil oficialmente?
Hélio Chaves é analista de suporte da Infoglobo.
s co-mandantes do Brasil antes, durante o regime autoritário e depois com Sarney, Collor, Itamar, FHC e agora com Lula, não conseguiram extirpar as mazelas em 4 ou 8 anos. Hoje, o PT e o governo Lula, procuram justificar os problemas endêmicos atuais que se arrastam há anos como uma herança maldita. Os opositores, ex-vidraças, atiram pedras.
Uma das primeiras heranças malditas veio com o “fim da escravidão” no país. Não pela essência e importância do ato. A Lei Áurea é um marco histórico importantíssimo, mas o legado e os seus desdobramentos desembocaram em liberdades condicionais. Liberdade que tornou milhares de seres livres em "indigentes presos", ao lançá-los à própria sorte. Pseudos-libertos que em pleno século XXI continuam perambulando em busca de dignidade.
Homens prisioneiros da fome, da miséria, da falta de instrução, de emprego, de moradia, de segurança, de saúde e do sonho de liberdade entre tantas outras heranças malditas com as quais são obrigados a conviver. Depois de saqueados por colonizadores, que retornaram as suas origens com bornais reluzentes da terra sangrada, hoje, somos saqueados pelos que se alojaram nas Casas constituídas por leis - verdadeiros escombros, que permitem todo tipo de abominação para a felicidade de indivíduos, Reis, Rainhas e das próprias Cortes.
As heranças malditas continuam como um câncer enraizado no seio da pátria e relegam a segundo plano os mais elementares direitos constitucionais, principalmente para os mais humildes. Culpa de governos, que sem exceção, optaram por alianças com uma casta política e empresarial, gananciosa e escravocrata, parte dos resíduos coloniais, em detrimento de uma aliança com o povo. Escravocratas usurpadores de liberdades e sonhos, que se alternam no poder e tiram proveito da deformação centenária e permissiva com os que controlam a nação.
Vale ressaltar que este é um ano de eleições para os comandos estaduais e do país. Serra ou qualquer outro candidato de oposição que vier a vencer as próximas eleições estaduais ou presidencial, devem apoderar-se do bordão da herança maldita deixada pelo antecessor. Se Dilma for a escolhida para comandar o país nos próximos anos, a coisa muda. Não poderá culpar o governo do qual faz parte nem a Lula, pela herança maldita que herdará. A herança deixada por FHC estará fora de moda. Na falta de um bode espiatório, restará a ela culpar Cabral como o pivô de tantas maldições, afinal, quem descobriu o Brasil oficialmente?
Hélio Chaves é analista de suporte da Infoglobo.
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