Raimundo Feitosa do Conselho Nacional de Educação (CNE) anúnciou que a partir do ano que vem estudantes de todo o Brasil poderão ter Direitos Humanos entre suas disciplinas.
Alunos do ensino básico, em todo o Brasil, podem vir a estudar Direitos Humanos no próximo ano. O anúncio foi realizado nesta quinta (09/06) em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) pelo representante do colegiado do Conselho Nacional de Educação (CNE), Raimundo Feitosa. Segundo Feitosa, com a introdução da nova disciplina busca-se uma escola livre de preconceitos, violência, abuso sexual e intimidação.
As diretrizes para implantação destes conteúdos estão sendo elaboradas pelo (CNE) e efetivada pelo Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) por meio de uma pesquisa pioneira no Brasil que irá mostrar a diversidade brasileira. A intenção é que tais diversidades sejam incorporadas ao ensino a fim de que sejam eliminados os preceitos e as consequentes violências que se reproduzem diariamente na sociedade brasileira - não só no âmbito da escola (com o chamado buyilling) como também da família e da comunidade.
“E é neste sentido que a pesquisa se coaduna tanto com os objetivos do Plano Nacional de Educação (PNE), quanto com o do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH)”, disse Manoel Moraes coordenador do Gajop. Moraes afirmou ainda que este é um momento muito importante para a educação brasileira, pois a pesquisa e toda a discussão em torno do PNE podem de fato colocar estes conteúdos emancipatórios na educação brasileira. Ele lembrou também que a educação tanto está mobilizando a sociedade que o PNE recebeu mais de 2.900 emendas, um número recorde.
A pesquisa está sendo realizada via e-mail em 5.565 secretarias municipais de educação. Assim, membros do Gajop ressaltaram a importância da sensibilização junto aos secretários estaduais para que estes respondam ao questionário. A representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Estado de Pernambuco (Undime - PE), Maria do Socorro Ferreira Maia disse que a Undime trabalhará neste sentido, visto que o gestor municipal tem um papel fundamental na educação e no funcionamento desta parceria na pesquisa que fará um “retrato” da diversidade brasileira. Esta foi encomendada pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) e teve início em fevereiro deste ano. A conclusão do trabalho está previsto para setembro.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) observou que é a primeira vez que se faz uma pesquisa desse tipo no país. Marta afirmou que o trabalho é árduo e, provavelmente, será ainda mais difícil elaborar as diretrizes e colocá-las em prática no dia a dia das escolas. “A tarefa é grandiosa. Contudo, temos que trabalhar estes problemas no Brasil e aceitar que somos uma sociedade de diferentes. Temos que encarar nossas diversidades, trabalhá-las e aceitá-las. E o melhor espaço para que isto aconteça é na educação”, disse. Já a Senadora Ana Rita (PT-ES) destacou que muitas pessoas ainda não entendem os conceitos de direitos humanos e ainda acreditam que estes direitos servem apenas para defender aqueles que fazem coisas erradas. Então, com o real conceito de direitos humanos sendo disseminando por meio da educação será aberto um novo caminho para que se fomente em nossa sociedade uma cultura de paz, harmonia e solidariedade.
Ao final da audiência, a senadora encaminhou como proposta uma reunião com a assessoria de comissão do Senado para que a pesquisa e seus resultados sejam divulgados por todos os instrumentos de mídia disponíveis na Casa.
Oi Prof, sou Aninha e gostaria de deixar aqui meu ponto de vista.
ResponderExcluirSe este trabalho for bem feito talvez muitas das violencias que vemos hoje melhore no futuro.Porque as escolas até pouco tempo não se preocupavam com este assunto.Minha mãe sempre estudou em um colégio tradicional em SC. e la na época em que ela estudava, o preconceito de raça e de classe social sempre foi muito grande até entre os professores com os alunos,aos pouco as coisas melhoraram, mas tem muito o que se fazer,Acredito que as pessoas violentas (violentas digo em todos os sentidos, pois alguém que desrespeita o outro de alguma maneira não entende o que é direito humano) são frutos de uma educação que tudo permite ou negligente que não se envolve de verdade na educação.Filhos que veem os pais passando por cima de quem quer que seja para atingir seus objetivos,teem um belo exemplo de falta de direitos humanos dentro de casa, e o nosso Brasil está cheio de gente assim.Acho que este trabalho se for feito em todas as camadas da sociedade e comessem pelas crianças desde o primeiro ano do fundamental terá uma grande chance de ter êxito dentro de alguns anos. Talvez até as crianças ensinem seus pais o que é direito humano e façam estes mudarem suas atitudes.