Quando a frota de Pedro Álvares Cabral chegou ao continente americano, em 1500, a região que hoje se chama Brasil era habitada por cerca de 5 milhões de índios. O número foi caindo de forma bastante dramática durante a colonização portuguesa e mesmo no século 20. Hoje estima-se que os índios brasileiros não passem de 325 mil – menos de 0,2% da população brasileira. Os dados mostram que a redução da população indígena foi revertida.
Em 1985, os povos indígenas eram ainda menos numerosos – somavam 220 mil indivíduos, segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio).
Origem
A hipótese mais aceita para explicar a origem dos índios brasileiros é a de que eles são descendentes de povos asiáticos que atravessaram o estreito de Bering há 62 mil anos.Existindo caracteristicas dos Povos Pré-Colombianos.
Eles eram 5 milhões em 1500 |
Estudos arqueológicos recentes estabelecem a chegada dos primeiros habitantes do Brasil à Bahia e ao Piauí entre 20 mil e 40 mil anos atrás.
É impossível saber com certeza quantos índios habitavam o país quando Pedro Álvares Cabral Cabral aportou no sul da Bahia.
As estimativas variam de 3,5 milhões a 8 milhões, mas o número mais aceito é 5 milhões.
Extermínio
O extermínio da população indígena é atribuído a vários motivos, como a escravidão promovida pelos portugueses, epidemias (foram muitas doenças), deslocamentos, confinamentos e, mais recentemente, conflitos com fazendeiros e garimpeiros e até suicídios.
Em cinco séculos, 700 das 1.200 nações indígenas foram exterminadas. Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, 55 povos desapareceram somente na primeira metade do século 20. Calcula-se que ainda hoje existam cerca de 800 índios que optaram por viver em áreas de difícil acesso, sem contato com a civilização. As frentes de contato mantidas pela Funai confirmaram a existência de apenas 12 dos 53 grupos que se acredita que vivam isolados na região amazônica.
Conheça um pouco mais da História:
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia cerca de 3 milhões de indígenas, que viviam ainda num processo de transição do paleolítico para o neolítico, dependendo da caça, da pesca ou da prática da coleta, e iniciando uma agricultura, ainda muito rudimentar. Desconheciam o comércio, cada tribo produzindo o necessário para sua própria sobrevivência, sem depender da troca de produtos com outros grupos. Trata-se, por conseguinte, de uma "economia natural" ou "de subsistência". Entre os produtos agrícolas conhecidos pelos nativos encontramos o milho, a batata doce, a mandioca-brava, o aipim, a abóbora, a ervilha, as favas, o cará, a pimenta e o abacaxi. A divisão do trabalho fazia-se, geralmente, através de critérios sexuais ou etários. Desta forma, havia tarefas específicas realizadas pelo homem ou pela mulher, bem como tarefas infantis, adultas e dos velhos.
De uma forma geral, os grupos indígenas são apresentados homogeneamente, ou seja, índio é índio em qualquer lugar. Essa visão superficial sobre o indígena é fruto do preconceito em relação ao nativo, considerado inferior -- não civilizado e pagão -- e a própria dizimação que se seguiu durante séculos, eliminando possibilidades de melhor compreensão de sua cultura e de seu modo de vida. As primeiras análises foram realizadas pelos jesuítas, sem critério científico, dividiram os indígenas em dois grandes grupos: os TUPIS, chamados índios de língua geral; e os TAPUIAS, considerados índios de língua travada.
Se num primeiro momento encontramos descrições de encontros amistosos entre portugueses e indígenas, isso deve-se a três fatores principais: A curiosidade que envolvia os dois lados em relação ao desconhecido e a intenção de conhecer os interesses alheios; o fato de os portugueses não terem ocupado as terras; e a preocupação de passar uma visão positiva do novo mundo para a corte, criando possibilidades de novas expedições e de interesse na colonização.
A TERRA
"Chegando ao Brasil os portugueses entraram em contato com diversas tribos, localizadas na zona litorânea.
Um dos grupos mais importantes foi o dos tupinambás, um dos grandes inimigos da colonização portuguesa. Espalhados por uma parte da costa brasileira, eram encontrados sobretudo na Bahia e no Rio de Janeiro, migrando, mais tarde, para o Maranhão, o Pará e a ilha de Tupinambaranas (Amazonas). Povo extremamente belicoso, a guerra desempenhava papel destacado na sua economia, como fator de "conservação e aumento dos recursos naturais sujeitos ao domínio tribal." Desta forma entraram em conflito com os goitacases, os tupiniquins, os carajás, os caetés, os botocudos, os tupinas, os diversos grupos dos tapuias e, após o início da colonização efetiva do Brasil pelos portugueses (1530), moveram guerra contra estes, sendo expulsos ou aniquilados." Apesar de a Igreja Católica conseguir que os reis de Portugal criassem leis contra a escravidão indígena, essas leis admitiam sempre a situação de "Guerra Justa" que, segundo os portugueses, existiria sempre em que fossem atacados pelos nativos.
O problema agora é saber quem é o agressor. A terra pertence a quem?. Segundo os portugueses a terra pertence agora ao rei e os indígenas devem aceitar a situação de vassalos do rei e da Igreja Católica. Grande parte dos grupos indígenas não aceitou esta situação, sofreram ataques, foram escravizados ou dizimados.
Por que alguns grupos aliaram-se aos portugueses (os Tupiniquins, por exemplo) ? Muitos usam essa "desunião" indígena para justificar a dominação: "Se entre eles não se entendiam...." na verdade são povos diferentes e com interesses conflitantes, pois muitas vezes se chocaram ao disputarem a terra.
O certo é que em um primeiro momento os portugueses estavam muito mais interessados nas "Índias" e não nas terras brasileiras, nesse período é que tivemos a exploração da madeira (pau brasil) com o trabalho indígena: era o escambo, através do qual o indígena entrava com o trabalho e em troca recebia mercadorias, geralmente objetos que sobravam em Portugal.
Conforme iniciou-se a colonização é que ocorreram os conflitos, guerras, iniciando o extermínio. Colonizar o Brasil passou a significar explorar a terra. Exploração essa segundo critérios definidos pelos portugueses, segundo as bases do mercantilismo; portanto, o nativo torna-se um obstáculo à colonização, os portugueses diriam "... um obstáculo a civilização, ao progresso, ao desenvolvimento..." impondo suas concepções.
Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=15
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