Por Diana Costa
Historiadora, Militante do Movimento
Negro e Movimento de Mulheres Negras
Numa
das transversais da Av. Lima e Silva, localiza-se a Feira do Japão. Uma placa
azul com o nome da feira marca o seu início. Em 1957, um grupo de japoneses
chegou ao bairro, instalaram-se inicialmente na Rua Gonçalo Coelho no 2º largo,
daí que surge o nome Largo do Japão. Esses imigrantes vendiam frutas, verduras,
carnes, peixes e cereais. Nesse local armavam suas bancadas de madeira
lembrando muito as feiras medievais. Alguns moradores antigos fazem a ligação
do nome devido aos primeiros mercadores terem sido japoneses e também ao fato
de ser longe de alguns bairros, dando alusão à longitude do país Japão.
A Feira é um mercado informal e aos poucos o
comércio foi se expandindo, surgiram novos comerciantes. Hoje quase 60 anos
após seu surgimento a feira possui uma variedade de produtos, como frutas,
verduras, frutos do mar, carnes e temperos, de boa qualidade e preço mais
acessível do que o dos supermercados, além da facilidade por ser próxima às
residências do bairro.
Existe
uma ligação muito boa economicamente com a comunidade, gerando empregos para os
moradores, como também fomentando ações sociais. Alguns comerciantes fazem doações
de frutas e verduras para lares de idosos e em viadutos da cidade.
Em
2003, a prefeitura padronizou todos os feirantes, mas não teve seguimento, falta
incentivo público para que tenha a organização que um patrimônio cultural como
este precisa, por que mesmo sendo de pequeno porte, a mesma possui uma
estrutura gigantesca, pois acolhe mercadores das ilhas, das cidades vizinhas e
do subúrbio ferroviário.
Em
setembro de 2007, devido à falta de higiene na comercialização a feira sofreu
uma apreensão de carnes pela vigilância sanitária. Atualmente a feira é limpa
todos os dias, os garis recolhem os lixos e o carro pipa toda noite lava a rua
com detergente.
Na
Feira do Japão, há também espaço para o comércio de artigos de candomblé e
umbanda, religiões bastante difundidas entre a população do bairro. Encontra-se
quitandas de folhas sagradas e artigos da cultura afro-brasileira como berimbau,
vasos de cerâmica e artigos de palha.
show!!!!!! grande inciativa,acredito que agora, não só a feira do japão ,outras feiras serão vista com outros olhos. valeu Diana , abração !!!!!!!
ResponderExcluirBoa noite! Gostaria de dialogar com vc Diana, pq vou fazer tcc e preciso saber a historia da feira livre do Japão. Ou seja, como surgiu? Tudo sobre ela.
ResponderExcluirBom dia Diana,estou fazendo um trabalho (tcc)sobre a feira do Japão gostei muito dessa história.Você teria mais conteúdo?Desde já,obrigado!
ResponderExcluirJamil 15 de setembro 2019 gostaria muito de rever fotos dos gorotos que trabalhava na feira com seu carrinho de rolimã carregando compras dos fregueses kkk eu fui um deles.
ResponderExcluirÉ muito gratificante ver pessoas que querem dar andamento a essa pesquisa que foi iniciada por minha prima Diana, inclusive eu também estou com projeto de TCC na pós com esse tema da feira do japão, agradeço a todos, mas lamento informar que Diana faleceu no mês de dezembro do mesmo ano em que foi publicada essa matéria 2012 aos 34 anos co problema de saúde. Só estou postando por ver que algumas pessoas fizeram perguntas sobre o tema.
ResponderExcluirUm abraço a todos
Pêsames
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