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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O grande gargalo da educação básica: o Ensino Médio

Segundo pesquisa realizada pelo Ibope a carga horária do Ensino Médio está em descompasso com as necessidades do aluno e com as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O estudo demonstra que das 4 horas aula diária que o aluno do Ensino Médio tem na escola, apenas 1h44 são aproveitados pelos alunos com aprendizagem e ensino.


Essa foi uma metodologia nova, utilizada pela primeira vez para medir a presença nas escolas, para saber como estava sendo utilizado o tempo na sala de aula e na escola.
Então, ficamos sabendo de uma notícia bastante desagradável e inesperada, pois, a legislação educacional exige uma carga horária de 800h ou 200 dias letivos anuais para a educação básica, ou seja, em todas as suas etapas de ensino; Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Com a pesquisa concentrou o seu foco no Ensino Médio, os dados apontaram que da carga horária anual de 800 horas exigidas na LDB, para o ensino médio, apenas 43%, ou 344 h/a são realmente realizadas com atividades de aprendizado. Quanto ao restante da carga horária, o estudo detectou que há duas situações; ou não há aula ou o aluno não está lá para aprender.
O Ibope utilizou 18 escolas públicas para medir a “audiência” desta etapa de ensino, um estudo inédito. A metodologia utilizada destaca como categoria de análise a audiência que surge em decorrência do resultado da soma de dois fatores, o primeiro, chamado de “oportunidade de ensinar”, foi calculado sobre as aulas efetivamente dadas e o segundo de “oportunidade de aprender” extrai do anterior o tempo em que o estudante estava em classe.
Os pesquisadores consideraram o resultado foi alarmante, pois da carga horária estabelecida pela lei metade do tempo não é utilizada com o pedagógico, ou seja, é feito qualquer outra coisa, que não aprendizado”, segundo Ana Lima, diretora-executiva do Ibope.
Para a superintendente-executiva do Instituto Unibanco, Wanda Engel é de suma importância para o governo o resultado dessa pesquisa, tendo em vista que o mesmo estuda a possibilidade de aumentar a carga horária do ensino médio no país.
Mesmo com todas as recomendações dadas pelos sistemas de que aula de 45min não adiante nada, considerando que é pouco tempo para que o professor possa pelo menos abrir a boca para falar, porque sabemos que só de chamada consome, e para cada aula o tempo médio é de 43 minutos.
Outro fator que chamou a atenção da pesquisa foi à ausência dos professores, faltaram em aproximadamente 19%, há um desperdício de oportunidade de ensinar muito visível, e a agravante de tudo isso são as faltas do professores, infelizmente.
São tantos os gargalos do Ensino Médio no Brasil, o seu currículo que não atende as necessidades dos jovens e muito menos do mercado de trabalho, o tempo na escola, a formação dos professores, o conteúdo a ser trabalhada, a metodologia, a prática pedagógica, os investimentos, os laboratórios, as tecnologias e outras vertentes que possam contribuir para o enfrentamento desses desafios.
Afinal, como precisa ser o Ensino Médio, percebe-se que com 11 anos de implantação da reforma dessa etapa de ensino, a escola até agora, não entendemos o que de fato precisa ser ensinado e aprendido no Ensino Médio. Mesmo com todas as formações realizadas, com todos os documentos produzidos e divulgados, ainda assim estamos patinando na seara da má qualidade do ensino que oferecemos aos jovens brasileiros.

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