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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
A Construção da Igualdade (parte 1)
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Dia Internacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres: Em Defesa de nossas Meninas Candaces
sábado, 20 de novembro de 2010
João Cândido, O ALMIRANTE NEGRO!
Fonte: www.overmundo.com.br
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
XXXIª MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA CONEN “DE ZUMBI À JOÃO CÂNDIDO:1910-2010 CENTENÀRIO DA REVOLTA DA CHIBATA”
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
XXXIª MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA CONEN
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Por que comemorar o Dia da Consciência Negra?

Lei 10.639/03



LEI 10.639/2003
História e Cultura Afro – Brasileira e Africana
LEI Nº. 10.639/03
09 de janeiro de 2003
Art. 1º A Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
Art. 26 – A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo de História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
§3º VETADO
Art. 79-A VETADO
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”.
Art.2º esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
HISTÓRIAS NÃO CONTADAS
A História do Brasil que nos é contada nas escolas e nos livros didáticos, na maioria das vezes, esconde personagens relevantes, quando não diminuem sua importância no contexto histórico. Isso se deve pelo fato de ter sido contada pelos opressores, que colocaram seus valores e suas “verdades” acima das demais realidades, enaltecendo os seus na medida em que “invibilizava” os outros. Não por acaso a trajetória de negras e negros trazidos do continente africano não é retratada como se deve.
A Historiografia Nacional possui vestígios contundentes de parcialidade transmitindo subliminarmente a soberania branca, protagonista dos grandes feitos da nação, enquanto para as demais etnias restou o papel secundário, resumindo seu temperamento a subordinação, sua cultura a “crendices” e sua cognição a inferioridade.
Dialogar, contar e resgatar episódios da luta e resistência de negras(o)s no Brasil é necessário para romper mitos e mostrar sua verdadeira importância na construção da nossa sociedade.
Capoeira, Resistência Negra

Consciência Negra

“Vinte de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra.
A data - transformada em Dia Nacional da Consciência
Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 –
não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a Zumbi,
líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra,
assassinado em 20 de novembro de 1695.”
UM POUCO DA HISTÓRIA
“O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597,
por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho
situado em terras pernambucanas.
Alguns anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares
foi invadido por uma expedição bandeirante.
Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados.
Um recém-nascido foi levado pelos invasores
e entregue como presente a Antônio Melo,
um padre da vila de Recife.
O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco,
foi criado e educado pelo religioso,
que lhe ensinou a ler e escrever,
além de lhe dar noções de latim, e o iniciar
no estudo da Bíblia.
Aos 12 anos o menino era coroinha.
Entretanto, a população local não aprovava
a atitude do pároco,
que criava o negrinho como filho, e não como servo.
Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo,
Francisco não se conformava em ser tratado
de forma diferente por causa de sua cor.
E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo
humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas.
Por isso, quando completou 15 anos, o franzino
Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem
o Quilombo dos Palmares.
Após caminhar cerca de 132 quilômetros,
o garoto chegou à Serra da Barriga.
Como era de costume nos quilombos,
recebeu uma família e um novo nome.
Agora, Francisco era Zumbi.
Com os conhecimentos repassados pelo padre,
Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem.
Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo,
uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.
Com a queda do rei Ganga Zumba, Do quilombo,
morto após acreditar num pacto de paz com
os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei
e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias.
Com o extermínio do Quilombo dos Palmares
pela expedição comandada pelo
bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694,
Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre
para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
Contudo, em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído
por um de seus principais comandantes, Antônio Soares,
que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo.
Zumbi foi então torturado e capturado.
Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou,
levando sua cabeça até a praça do Carmo,
na cidade de Recife, onde ficou exposta
por anos seguidos até sua completa decomposição.
“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”.
Seja qual for a tradução correta do nome Zumbi,
o seu significado para a história do Brasil
e para o movimento negro é praticamente unânime:
Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra
ao escravismo e de sua luta por liberdade.
Os anos foram passando, mas o sonho de Zumbi
permanece e sua história é contada com orgulho
pelos habitantes de todo Brasil
onde o negro-rei pregou a liberdade.”