A mulher negra marcou e ainda marca a história do mundo atuando em
diversas áreas como realizadoras, conquistadoras, criadoras,
revolucionárias, transformadoras e todo e qualquer adjetivo que possa
definir uma heroína. O talento artístico também fez surgir muitas
estrelas que nos encantam e emocionam, seja pela voz, pela poesia ou
outra forma de expressão.
Relembremos, agora, alguns nomes de uma extensa enciclopédia que bem
poderia se chamar “Heroínas negras”. É apenas uma lista simples de um
blog simples que, certamente, comete a injustiça de deixar muitas
personalidades importantes de fora. Reconhecemos esta limitação e
pedimos desculpas desde já. Mas o objetivo principal é homenagear todas
as mulheres negras, incluindo as heroínas anônimas que fazem a sua parte
nas lutas do dia-a-dia.
EDMONIA LEWIS
Foi
a primeira mulher negra a ganhar fama e reconhecimento como escultora
no mundo das artes. Nascida na cidade de Greenbush, Nova York, EUA, em 4
de julho de 1844, Edmonia Lewis era filha de pai haitiano e sua mãe era
de Mississauga Ojibwe, Canadá. Estudou na escola de arte Oberlin
College, uma das primeiras instuições de ensino superior nos EUA a
admitir mulheres e pessoas de diferentes etnias. Mais tade foi para Roma
onde viveu a maior parte de sua vida artística. Ao longo de sua
carreira ela se inspirou na vida dos abolicionistas e dos heróis da
Guerra Civil. Suas obras mais populares são Forever Free (1867), Hagar (1868) e Old Arrow-Maker and his Daughter (1866). Edmonia Lewis morreu em 17 de setembro de 1907. Fonte: Wikipedia.
LÉLIA GONZALÉZ
Foi
uma intelectual, política, professora e antropóloga brasileira. Nasceu
em Belo Horizonte em 1º de fevereiro de 1935 e mudou-se com a família
para o Rio de Janeiro ainda criança. Estudou no Colégio Pedro II, foi
assistente do filósofo Tarcísio Padilha na UERJ e na UFRJ. Como
educadora, Lélia lecionou em muitas escolas de nível médio, em
faculdades e universidades. Foi professora no Instituto de Educação, no
Colégio de Aplicação (UERJ), na rede estadual de ensino. Estudou
profundamente sobre a história do povo negro e preocupava-se com a
desigualdade e a exclusão racial. Como a primeira intelectual negra no
país, tornou-se referência no movimento negro. Foi oradora, escreveu
muitos textos, traduziu livros de filosofia e publicou o livro “Lugar do Negro”,
que foi premiado na Feira Internacional do Livro na Alemanha. Em 1982
ingressou na política sendo suplente de Deputada Federal pelo PT e
suplente de Deputada Estadual pelo PDT em 1986. Lélia lutou contra as
desigualdades sociais e o racismo. Participou da criação do Instituto de
Pesquisas das Culturas Negras (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado
(MNU), em nível nacional, do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras-RJ, do
Olodum-BA, dentre outros. Lélia Gonzalez foi eleita Chefe do Departamento de Sociologia na PUC-RJ e um mês depois veio a falecer, em 10 de julho de 1994. Fonte: Site Amai-vos.
BELL HOOKS
Gloria Jean Watkins nasceu em Kentucky, EUA em 25 de setembro de 1952. É escritora e militante feminina. Adotou como pseudônimo o nome de sua avó (bell hooks)
e prefere que seja escrito em minúsculo para que a atenção seja
concentrada em sua mensagem ao invés de em si mesma. Seu trabalho enfoca
principalmente o estudo de sistemas de dominação e opressão,
particularmente aqueles associados a questões como raça, classe e
gênero. Publicou mais de trinta livros e muitos artigos acadêmicos.
Realiza palestras e participou de diversos documentários. Seu primeiro
livro (Ain’t I a Woman: Black Women and Feminism)
escreveu aos 19 anos. Estudou literatura inglesa na Universidade de
Stanford, na Universidade de Wisconsin e na Universidade da Califórnia.
Lecionou Estudos Afro-americanos na Universidade do Sul da Califórnia e
na Universidade de Yale e Estudos da Mulheres no Oberlin College em
Ohio. Bell hooks atualmente mora em Nova York e continua sua luta contra o racismo e o sexismo nos EUA. Fonte: Wikipedia, Site Biography e Site Encyclopedia of World Biography.
NINA SIMONE
Eunice Kathleen Waymon
nasceu em Tryon na Carolina do Norte, EUA, em 21 de fevereiro de 1933. É
uma das maiores cantoras, instrumentistas e compositoras americanas.
Adotou o psudônimo de Nina Simone para poder cantar nos cabarés de Nova
York, Filadélfia e Atlantic City escondida de seus pais que eram
pastores metodistas. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar
na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. Ela se aventurou
em diversos estilos, passando pelo gospel, soul, blues, folk e jazz.
Nina Simone também se destacou e foi perseguida por ser negra e por
abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. Seu envolvimento
era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King.
Sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino
ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças
negras numa igreja de Birmingham em 1963. Casada com um policial
nova-iorquino, também sofreu com a violência do marido, que a espancava.
Nina Simone morreu na França aos 70 anos, em 21 de abril de 2003. Fonte: Wikipedia, Site Letras.com.br e Site Memorial da Fama.
LUÍSA MAHIN
Nasceu
no início do século XIX em Costa da Mina, na África, foi ex-escrava no
Brasil e viveu em Salvador, Bahia. Era mãe de Luís Gama e foi alforriada
em 1812. Envolveu-se na articulação de todas as revoltas e levantes de
escravos que sacudiram a então Província da Bahia nas primeiras décadas
do século XIX. Quituteira de profissão, de seu tabuleiro eram
distribuídas as mensagens em árabe, através dos meninos que
pretensamente com ela adquiriam quitutes. Desse modo, esteve envolvida
na Revolta dos Malês (1835) e na Sabinada (1837-1838). Caso o levante
dos malês tivesse sido vitorioso, Luísa teria sido reconhecida como
Rainha da Bahia. Descoberta, foi perseguida, logrando evadir-se para o
Rio de Janeiro onde foi encontrada, detida e, possivelmente, degredada
para Angola, na África. Não existe, entretanto, nenhum documento que
comprove essa informação. Alguns autores acreditam que ela tenha
conseguido fugir, vindo a instalar-se no Maranhão, onde, com a sua
influência, desenvolveu-se o chamado tambor de crioula. Fonte: Wikipedia.
ANGELA DAVIS
Angela Yvonne Davis é
professora e filósofa americana e nasceu em Birminghan no Alabama, EUA,
no dia 26 de janeiro de 1944. Desde cedo conviveu com humilhações de
cunho racial em sua cidade. Aos 14 anos participou de um intercâmbio
colegial que oferecia bolsas de estudo para estudantes negros sulistas
em escolas integradas do norte do país, o que a levou a estudar no
Greenwich Village, em Nova Iorque, onde travou conhecimento com o
comunismo e o socialismo teórico, sendo recrutada para uma organização
comunista de jovens estudantes. Na década de 1960 tornou-se militante do
partido e participante ativa dos movimentos negros e feministas que
sacudiam a sociedade americana da época, primeiro como filiada da SNCC
de Stokely Carmichael e depois de movimentos e organizações políticas
como o Black Power e os Panteras Negras. Em 18 de agosto de 1970
tornou-se a terceira mulher a integrar a Lista dos Dez Fugitivos Mais
Procurados do FBI, ao ser acusada de conspiração, sequestro e homicídio,
por causa de uma suposta ligação sua com uma tentativa de fuga do
tribunal do Palácio de Justiça do Condado de Marin, em São Francisco.
Chegou a ser presa em Nova York e julgada, sendo inocentada de todas as
acusações e libertada. Em 1980 e 1984, Angela chegou a se candidatar a
vice-presidente dos EUA pelo Partido Comunista americano. Nos últimos
anos continua a fazer discursos e palestras e continua sua luta pela
abolição da pena de morte na Califórnia.
Fonte: Wikipedia.
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